quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Back to basics

It's always time to retreat to where you once belonged
Yes you are still that
It's still steaming into your lungs
through you whole body.
It's you yet and still.

You are calculus, physics, languages, gestures, interjections, masks, all-in-one together, take the whole lot
wear them
wear them all
you are Wolf and Red Hood
you are Christ and Superman
You are Devil and Angel
Eros and Thanatos
Making love on top of a rotten cave

Love yourself
Enjoy yourself
Carpe Diem
Nice to meet you
Pleased to please me


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sadia, mas nem tanto.

Sadi-a, dá um tempo! Com seus Perus e Chesters Perdigões, também seus, estufados de bomba! Thanksgiving no Brasil não, né?!
Para Agradecer nós brasileiros temos o "todo-dia", ao despertar e ao dormir depois de muito batalhar.  Chega de importações, já basta o bombardeio americano no rádio! Agora estão querendo instaurar o "black friday", e agora também você me vem com ceia da árvore, pra não dizer na cara ação de graças com excesso de hormônio no peru, ou será peru no hormônio?Pesam-me os nervos esses perus pelados já desenervados e desossados, "bem preparados". Mal preparados nos acostumamos a fingir não ver a força da grana. Olha o Tio Sam-Obama, aprendendo português pra dizer SamObama, Sam-bobama, travestindo-se, travestindo-se até a gente pensar que é Tio-Samba e sambar na gente, e achar que essa gente que pega tudo da gente, tudo de bom da gente, que vende tudo o quer pra gente, é também gente da gente, essa gente (de lá ou de cá) só sorri p/ pegar nosso dinheiro. dessa vez não.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O professor me ensinou fazer uma carta de amor

(ONDAS para ler de lado)

tirei-as sim pois que me pareceram íntimas
e prefiro falar sobre coisas íntimas em privado
como você está
e ONDE?

íntimo, eu estou aqui e você aí está?
(intimo)
agora como estou se estiveres...
e se não estiveres
também hei de estar
se assim estarei
antes ser a estar
mas se vôo e volto sempre
nessa sina de passar
de passagem estamos todos
não sou daqui nem vim pra ficar
antes ser a estar
continuo estando sido
continuo sendo estado
estou estando
gente ao meu lado
já viste por conseguinte aonde agora estou?
Estou aqui e aí
no não local
na alma
no virtual
atravesso espaços
no mar
e na onda
nada
nadar

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Um senhor tão bonito

"Estavamos no mesmo LUGAR em TEMPOS diferentes.
E estar no mesmo TEMPO em LUGARES diferentes? 
e no mesmo TEMPO em TEMPOS diferentes?"

"We were at the same PLACE in different TIMES
What about being at the same TIME in  different PLACES?
And at the same TIME in different TIMES?"

Share your creativity about your own TIME!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Calma Tardezinha para Buba

E assim com o braço quebrado e o pelo fino, submetia-se ao frio. Mesmo assim.
Assim mesmo.
Para sentir que estava vivo.
Não hesitava.
Tremia.
Embora o chamasse,
Nada importava, fitava-me de relance, mas escolhia o frio.
Buscava no horizonte sua promessa de vida e o frio que eu não sentia do vento que batia, ele o buscava.

Continua assim taciturno.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Parafuso

Tão imenso
Tão grande o mundo
Tão grande...
sei nem de mim,
buscar no mundo...
Tão grande...
confuso
o mundo
confuso
com fusos
tão grande o mundo
difuso
de fuso para fuso
o mundo
parafuso
falta fusos
para entender
o grande do mundo
para afrouxar os parafusos
criou-se o mundo faltando alguns parafusos
para que no imenso do mundo coubesse um mundo
tão grande


Lucas Paz
Nogueira Júnior
16.10.13


http://www.ideafixa.com/antes-que-eles-deixem-de-existir/

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Cavalo em chamas degolado

    O cavalo do meu sonho, aquele do meu conto, vira realidade. Aturdido, bailarino da incerteza em chamas, prestes a ser degolado, pela corda/cachecol como Isadora Duncan, por uma roda de carro. Imediações do Cocó Iguatemi.
    A natureza anuncia o caos criado pelo homem através de sutis sinais: cavalos desgovernados, sagüis escalando postes, pássaros empoleirados em fios, emas estudando em faculdades, caranguejeiras tecendo na rua suas teias, caranguejos cavando o asfalto e todos descobrindo a expropriação e com os urubus a nova base da cadeia alimentar nas lixeiras da cidade

sábado, 12 de outubro de 2013

From behind the wall

O que a ti
O que detrás dos olhos
O que de finas frestas traspassa
E fica
E sente
Somente
Sentido
E sempre
De finas camadas finas
Finíssimas
Se visse
Ah, se ouvisse
Supisse
Aquilo que ninguém jamais intuísse
Surprise
I'm yours
You're mine
Not a half
Entire
As we ever suppose
But the true, as we know
Is we don't know
Might never know (me at all)
Não há nada que possas me mostrar detrás da parede
Já a derrubamos e o que resta são seus olhos no escuro de meus olhos
Quando fecho minhas janelas e abro a minha mente
Sem mentira em verdade para semear você em meu ser.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

até ficar antiga

melodia

fa (1a casa, 1 corda)  mi fa sol (3 casa 1 corda) fa mi fa mi re do# mesma corda
la fa mi fa sol fa mi fa mi re fa
la la# la la# do la# la la# la sol (3 casa solta) fa#
la #la la la# do la# la la# la sol la# sol

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Vista-se (com o quê?)

A verter o verbo sem verter o vinho
verte-se o capuccino sobre as teclas em desatino
vira-se o artista a verter-se poeta em seu niño ninho
a mexer  consigo em seu criativo
para ativar o lado adormecido sem carinho
agressivo
escreve, maldito,
escreve
benditas palavras
a rasgar brancos caminhos
nesse ócio gostoso de ver-se sozinho
verter-se passarinho
voando parado
esperando o destino
fazendo na espera necessária ação
para novo desalinho
reinício
descontínuo
sua rotina
a falta dela.
verter-se em desequilíbrio da corda bamba que é o risco no chão
para em seu avesso descobrir-se homem, refazer-se menino
estudar seus buraquinhos, preenchê-los e refurá-los
perfurar seu próprio vício
de achar desde o início que nasceu pra passarinho.

domingo, 15 de setembro de 2013

Onitientia Tarantino

O que se faz depois com tanto sangue derramado e pintando paredes, Tarantinto?
O que se faz depois? Eu te pergunto.


Que esse sangue não seja admitido, aplaudido, derramado,
que esse sangue não vire cimento, não vire dinheiro, assim erigindo impérios ao coagulado,
que esse sangue continue correndo... 
em minhas veias, em tuas veias e assim, constantemente transformado... transforme.

sábado, 7 de setembro de 2013

Fazendo acontecer

menino do sono sonhe um sonho, sonho dois sonhos,
infinitos sonhe e acorde com eles em ponto de bala

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Hoje acordei do sonho com essa história: "Por um pouco de água"


Ideia
Agir ou não agir. A morte do bicho ignorada em contraposição à celebração da vida da filha. Lei natural da Vida?

A TRÁGICA MORTE DE UM ANIMAL É IGNORADA ENQUANTO CELEBRA-SE A VIDA

Tema
Compaixão, importância da família, afetos e desafetos familiares, morte e vida. 

INDIFERENÇA/MORTE E VIDA

Storyline
1 Um cavalo em chamas luta sozinho para salvar-se.
2 Nenhum dos personagens age para modificar esta situação, apesar do compadecer-se de Armando.
3 O imponente animal está diminuto e agonizante enquanto todos comemoram a conquista e mais um ano de vida de Paloma.

1 NO MEIO DOS PREPARATIVOS DE UMA FESTA DE ANIVERSÁRIO UM CAVALO ESTÁ MORRENDO EM CHAMAS. 
2 NENHUM DOS PERSONAGENS TOMA UMA ATITUDE FRENTE AO OCORRIDO.
3 O CAVALO AGONIZA ENQUANTO UM DOS PERSONAGENS APENAS FILMA. A FESTA SE INICIA COM OS PARABÉNS.

Sinopse(já com alguns argumentos): 
Pedro é empresário no ramo de construção civil, negócio que iniciou sozinho a próprio custo com um ínfimo estoque de cimento deixado por seu falecido pai. Tem um filho, Armando, de 23 anos, apaixonado por arte desde que nasceu, não se explica, e uma filha, Paloma, de 17 anos, muito prestativa e seguirá os passos da Medicina, passou recentemente no vestibular, a exemplo da mãe: Cecília, mulher bastante solidária que veio do interior à capital para estudar e realizar o grande desejo de ser médica, não queria ser professora como as irmãs e amigas que no interior decidiram continuar.
A família está em seu sítio num dia calmo, aproveitando o costumeiro programa de domingo, mas hoje por uma ocasião especial.
Pedro cria alguns animais e plantas na propriedade e num terreno anexo. Paga Labar para que o faça, o caseiro do sítio. Labar tem esposa e 2 filhos pequenos, estes estão na “casinha do caseiro” preparando o almoço.
Labar está ateando fogo no terreno anexo para iniciar nova semeadura. Ele, por descuido ou excesso de foco nesta tarefa, retira os animais, mas esquece da família de cavalos, que estava reclusa ao fundo deste terreno e há poucos dias havia tido dois potrinhos.
A Fumaça já está alta e a chama se esconde por trás dela. Sai correndo o cavalo entre a fumaça como ser encantado e endemoniado, olhos flamejantes, a pelagem preta cheia de luminosas marcas vermelhas e alaranjadas, assim como sua cauda em chamas.
O filho, distraído no facebook sentado na cadeira de balanço, ao ver a cena se assusta e logo se desespera, a irmã e a mãe estão ocupadas e entretidas na cozinha com o som ligado “nas alturas” sem se dar conta do ocorrido, o pai fuma um cigarro de palha e bebe cachaça, enquanto a carne de churrasco assa, não se compadece. Diz que animal sabe resolver os problemas sozinho, no fundo uma comparação que ele utiliza para atingir o filho, se tem de morrer, vai morrer.
O menino em prantos tenta aproximar-se do cavalo. Este já está em polvorosa tentando não morrer, jogando-se contra o solo arenoso. Armando nada consegue fazer para ajudar o cavalo. A chama ora aparenta ter cessado de queimar o corpo dele, ora eleva-se como grande fogueira. O cavalo pula, roda enlouquecido, esfrega-se e gira na areia e na grama percorrendo o perímetro da casa grande até que pára enterrado na areia e só vemos sua respiração funda, pausada e agonizante.
Armando, amante da arte e da estética, vê poesia no acontecimento e de repente sua dor transforma-se em prazer de presenciar fato marcante e único. Ele grava este “evento” sem muita reflexão sobre o por quê o faz.
O cavalo ainda tem forças para sair de lá, adentrar a área de serviço, e se encolher ao lado do tanque, tão diminuto, em poucos metros quadrados, como um homem dentro de uma mala. Armando fica parado, em êxtase (numa briga de eros e thanatos), gravando de seu iPhone. O cavalo parece gritar pelos olhos, ainda assim serenos, que lhe se banhe com rios de água fresca até aquele ardor todo de sua carne viva sumir. Paz. A família do cavalo está segura graças ao agonizante pai, o qual sobreviverá, não sem ainda queimar por horas. Mas um potrinho não resistiu, apesar de resgatado, morreu de asfixia.
Cecília e Paloma saem da cozinha com o bolo da festa de aniversário dos 18 anos de Paloma. O pai estava escondendo o presente, um carro zero, na garagem. Todos estão a postos, Pedro, Labar e família, Cecília, Paloma  a postos no bolo, só falta Armando. Cecília grita por Armando, Paloma diz que Armando está ocupado na área de serviço e desconversa, Pedro faz cara feia.
Armado continua gravando a agonia do cavalo ao som do “Muitas felicidades, muitos anos de vida...” 

Lucas Paz
04.09.13

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

põe o pé fora da porta de casa


O homem põe o pé fora da porta de casa. É baleado com um único tiro, entre os dentes.
O homem era silente.
A mulher do homem apanhava.
A filha do homem apanhava.
O homem era silente (ainda).
Café da manhã: contas a pagar distribuídas, café queimando a garganta, pão engolido às pressas, louça por lavar. E um tchau quase inaudível passeando pelo ar, da mesa até a porta de casa.
O homem põe o pé fora da porta de casa. É baleado com um único tiro, entre os dentes.
A mãe e a filha muito brigavam, como duas galinhas querendo chocar o mesmo ovo. O pai comia ovos, adorava ovos. Os ovos não lhe deixavam falar. Era como se tivesse engasgado um ovo na traquéia.
O pai batia, batia com os olhos, com o piscar dos olhos, com os olhos que fugiam do foco.
A mulher do homem apanhava.
A filha do homem apanhava.
O homem era silente (ainda).
O homem põe o pé fora da porta de casa. É baleado com um único tiro, entre os dentes.
Duas bocas abertas, rasgadas “in mute”, dois gritos surdos parados no ar depois do estampido que trincou os dentes, o encéfalo e as vértebras iniciais da coluna do homem. A bala penetrando em câmera lenta, até livrar-se (num piscar) a 1.000km/h. Sangrado e empapado de sangue no chão, como um galo à cabidela em preparo.
Imagine um chefe de família que não cacareja?
O homem põe o pé fora da porta de casa. É baleado com um único tiro, entre os dentes. Contas a pagar.
Um câncer aumentando na garganta, mesmo depois do tiro, prestes a chocar.

Lucas Paz
02.09.13

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Nunca me interessaram anjos de longe

Nunca me interessou descobrir cidades antes de nelas pisar
afundar o pé no asfalto movediço
atravessar-lhe areia
para tocar-lhe os anjos
com as pontas dos dedos
com os dedos inteiros
Lucas Paz
29.08.13

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

(H)AJA


"paulo disse ontem|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||HAJA HOJE PARA TANTO ONTEM leminski hoje||||||| |||||||||||||||||||||AJA_" Danilo Bezerra




feito de silêncios, aquele que sou, que tu não és. Não cala-te, fala-me, sorri-te esse sorriso largo que me abocanhou as costas, as pernas os embalos, falo-te, falo-te de vera, deveras e sempre aquilo que aquele que me seduz a cada dia me fala: meamemeatemetemamematememamemetetamemetametade. encontraste meu bem o amor? aquele bonito amor? este amor que não congela no tempo que semeio e se enraiza em meu peito. Platônico, não creio, tu és aquele dito companheiro do qual meu pai me falava eu precisava (todos nós) peregrinar para achar, pois um dia o "amor" acaba e fica a existência, tu me faz existir, mesmo assim e desatento/cioso. Teu cheiro de vida em mim se enlaça delicioso. Creio que não cansarei nunca de te admirar mesmo com teus e meus tantos de-feitos
eu fico a cada dia pensando em um amor assim, que se expresse pra mim, aquilo tudo que não consigo fazer pelos outros. de um modo sutil, talvez tímido e desconcertado, porém tentativas. não encontrei o amor, temo, como sempre temo, de às vezes o deixar passar, assim, despercebido... porque a vida anda muito corrida... bulufas! acontece porque estou cansado, perdido, feliz, triste, mas principalmente, acomodado. sem amor, me defino assim no momento... até o momento... suas palavras me reanimam, me relembram desejos, momentos, conexões que não tenho e raras vezes tive. me lembra do que é bom. me lembro, relembro. parecia tão distante, foi ontem...
nós f/somos fogo e gasolina queimamos intensos e isso gerou o inesquecer àquele encontro. hoje te vejo assim nessas breves e-ternas linhas tão mais bonito. no âmago do sincero. foi ontem. é hoje.
eu adoro nossas conversas/poesias

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Assim com o peito como que cheio de sol e lua cheia!

O sol se levanta devagarinho
abrindo seus olhinhos laranjas
entre as franjas de nuvem e
a lua cheia esconde entre as mesmas
suas cinzas madeixas para
mais um desenrolar de vida

terça-feira, 13 de agosto de 2013

crepuscular


boa noite
você me encheu de sol
mas no cair da tarde não hesite em saber a quem iluminou o dia
despeço
disperso

terça-feira, 23 de julho de 2013

Sabe os riscos do chão?

Sabe os riscos do chão?
Que não correm na mão, mas na imaginação
Os riscos que, ricos, tecem a raiz, o trovão
As veias e nervuras do véio ermitão

Sabe os riscos do chão?
Que tecem abismos de pequenos buracos
Das minúsculas frestas saltando inimigos
Rasgando abrigos no teu coração

Sabe os riscos do chão?
Que lembram que as nuvens são de algodão
Que lembram que os sonhos do moço João
Encontram morada num pé de feijão

Sabe os riscos do chão?
Que dizem: agora arrisque-se então
Que arriscam incerteza na minha canção
Que pedem a sabedoria da pausa
Quando há só comichão

Comesse o chão do risco que tomo
Bebesse o João do trovão que corro
Trovasse eu de devida maneira
Nao poderia arriscar-me a nascer tal poema
De risco impreciso e arisco corrido no chão
23:23/23.07.13
Lucas Paz

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Portfólio

copio e recorto pedaços de figuras
para que a narrativa se lhe faça senti(n)do
para que me percorras em breves imagens e palavras
e me tenhas
traduzido
nestes traços eternizados no tempo-espaço
reconstructo de memória
mnemosine a-tua-ação
compra-me
queres pagar quanto? (por emoção)

terça-feira, 4 de junho de 2013

(des)combina

Aos que "bora combinar" não quero combinar nada
tô descombinando
e começo a achar com quem combina

noticiário-conversa com amigo

eu hoje e ontem(s) é assim ouvindo as mesmas músicas há pelo menos 3 meses. músicas de balada embalando o serviço chato de montar meu portfólio gigante que não acaba. de quando em vez baixando uma nova música. o marasmo não passa. a cabeça não para, não para de doer pelas manhãs. e para, como para para dormir durante o dia e ficar alerta madrugada afora fazendo nada. amigos que traem amigos que são traídos, histórias que na verdade são noticiários de fiz isso fiz aquilo, estou bem. uma amiga minha veio ontem aqui e me fez refletir, o que sustenta uma amizade? ela estava meio desiludida amorosamente e quando mais precisava nenhum amigo, nem eu. só os pais dela. não gosto de pensar assim. amigo é alma em sintonia para abobalhar alto e filosofar infinito, decepcionar grande e abraçar alegria e agonia, cantar a vida e o marasmo dela. mas por instantes vejo amigos-noticiário, família longe ou silêncio e penso cada vez mais em viajar. mas família é vero se não muda, ah se muda e como aprendemos uns com os outros. gosto de família-amiga e de amigos-família. amigos que sei nome sobrenome e neles vejo meu nome. falatório ah disparate mas disparo-te palavras e bytes que me (en)carregam penso-mente sobre tempo num convívio virtual sobre a vontade de abraço-sempre, perto-sempre, cansar e renovar, reinventar-se. reinvente-se-me não gosto de ler jornal.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Plástica

O filho renegado desde o nascimento fala ao cirurgião plástico, seu pai: 
Doutor, o senhor faz mudança de sexo? 
E de nome o senhor faz?
E de paternidade? É possível mudar de pai? 
De gene? De cara?
Eu quero mudar de cara, não quero ter sua cara, nenhum traço da sua cara.
Não  quero jamais  pensar que tenho a sua cara. Não quero jamais dar-lhe esse trabalho. Sim por seus serviços eu pago, não se preocupe...
Esquecimento doutor? Tem um remédio pra esquecimento?

Cada uma

Cada fruta com sua respectiva casca diz assim: só me coma até aqui, ou pode comer tudim.

BADALADA

dançar embalado na balada da depressão é como um querer desesperadamente ser feliz mesmo sabendo que o amanhã não trará essa felicidade senão sono, peito preso, ombro preso, lágrimas e mais solidão

terça-feira, 21 de maio de 2013

Pure emptyness

Emptyness
Nulliness
Lonelyness
Noonetotalkaboutness
Nofact
Nodream
Nowill
Nonothingness
Nodepression
Nocorrection
Just...
... ness









...
passingthroughness

on this rest condition
nothing seems to cross  through me. but the long hours
and the few minutes
of the next 25 days.
what to wait for when you're already waiting
Learning with Godot.
Books.
Books might be my answer for this second.
By this time just fragments of movies are filling my precious and countless seconds.

sábado, 11 de maio de 2013

Pelo direito inalienável a feiúra

Reivindico pelo meu direito inalienável à feiúra
Por todas as velhas que me acham bonito.
Por todas as amigas da minha mãe que me acham bonito.
Por todas as minhas amigas que hoje dizem que antes me achavam bonito
Por todos os homens que me acham bonito através dos seus (in)discretos olhos
Por todas as travestis que me acham bonito através dos seu indiscretos olhos
Por todas as namoradas que me acharam bonito até o dia do término
Por todas as tias que eternamente me acharam bonito
Por minha mãe que sempre me achará o mais bonito
Pelo meu espelho em dias esfuziantes
Pelo meu direito inalienável à feiúra interna em dias cinzas e frios
e também externada
Pelo meu direito inalienável à feiúra externa sempre que passo por você através do vento corrosivo do tempo sobre meus vincos, sobre meus olhos, invisíveis aos teus.
Eu-te invisível.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ela Ficção

faz um tempim já né desde que nossos rios se cruzaram? mas sabe, inexplicavelmente você ficou aqui no meu coração, com todas a improbabilidades apontando para que isso não acontecesse, afinal somos bem diferentes em certos aspectos. E tão iguais.
De todos desde o ano passado, você teima em não sair do meu corpo, de mim. Não foram os quatro dias mais notáveis de minha existência, isso não. mas você... 
te quero. E vai entender porque Deus tem dessas com a gente. De repente nossos grandes amores simplesmente cruzam a esquina e sequer jamais os conheceremos. te levo comigo, de ti não esqueço, vc em mim é presente, não doce passado. vc é mais que querido, Você para mim tem nome e sobrenome, você é. 
Sei que teu rio anda ligeiro por outras paragens, o meu segue lânguido, sereno, calmo, com pequenos desvios de inquieto ao longo do caminho, na esperança que nossas águas se beijem novamente.

 querida, ouvir palavras assim me enchem de alegria. saber que, apesar de nossos rios não estarem se cruzando, que existe a vontade de que um dia eles se cruzem! você também não é só um doce passado, é bem mais que isso!
Espero que as energias do mundo conspirem para que nossos rios se cruzem novamente, se misturando e formando um, como me senti ao seu lado!
O tempo, ah, esse é o senhor de tudo. se não agora, talvez depois, talvez nunca. mas quando ele quer, tudo acontece. Me jogo cada vez mais nesse movimento desgovernado cheio de surpresas que se chama vida e espero o melhor! O melhor sempre vem pra quem é de bem! saudades.