A verter o verbo sem verter o vinho
verte-se o capuccino sobre as teclas em desatino
vira-se o artista a verter-se poeta em seu niño ninho
a mexer consigo em seu criativo
para ativar o lado adormecido sem carinho
agressivo
escreve, maldito,
escreve
benditas palavras
a rasgar brancos caminhos
nesse ócio gostoso de ver-se sozinho
verter-se passarinho
voando parado
esperando o destino
fazendo na espera necessária ação
para novo desalinho
reinício
descontínuo
sua rotina
a falta dela.
verter-se em desequilíbrio da corda bamba que é o risco no chão
para em seu avesso descobrir-se homem, refazer-se menino
estudar seus buraquinhos, preenchê-los e refurá-los
perfurar seu próprio vício
de achar desde o início que nasceu pra passarinho.
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